domingo, 8 de maio de 2011

Alma Perdida

"Minh'alma chora na noite sem escrúpulos que nos envolve sem perdão.
Assim levar-te-ei até o meu abismo.
Aprisiona-lo-ei nos braços famintos e sedentos de desejo que lá se encontram.

Ainda assim desejas vir comigo?
Seguir meus passos sempre tão solitários que um dia irão sufocar-te?

Então venha pobre alma que como a minha continua a chorar e a desejar cada vez mais minh'alma.
Meu corpo.
Minha vida.
Meus sonhos.

Venha.
Vamos mergulhar nesse profundo abismo.
No meu e no seu para que nenhum possa sair mais.

Vamos prender um ao outro nos braços de nossa solidão.
Nossos desejos.
Nossos sonhos.
Nosso choro.
Nossa vida.

Arraste-me junto de ti e farei o mesmo contigo.
Não mais longe, mas perto o bastante para que o último suspiro seja o do outro.

Pois tú és minh'alma perdida.
Tudo que sempre quis.
Aquilo pelo qual esperei até mesmo no abismo escuro da solidão e tristeza."

Tharine Lillena Veiga

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